segunda-feira, 10 de junho de 2013

Raio X das quartas de final: Clássico PI-RE vai virar a cabeça dos torcedores de PItombeira e REal

Ailton fez o gol mais bonito do CF7 2012
O último jogo das quartas de final do CF7 2013 será Pitombeira X Real. Escolhemos este duelo para iniciar uma série diária de análises das partidas desta fase da competição aonde quem vencer segue e quem perde se despede do sonho de ser o melhor de Campo Grande. A partida é especial porque reúne o time mais vencedor da zona rural e aquele que é o maior vitorioso do núcleo urbano.

PITOMBEIRA, o melhor de todos

A Pitombeira nos últimos 10 anos conquistou a condição de favorita em todos os quesitos no confronto com qualquer equipe do CF7, inclusive o Real. Essa situação é fácil de ser percebida ao considerar que a Pitombeira foi campeã do CF7 2012, terminou em primeiro lugar na 1ª. fase do CF7 2013, tem 4 anos de tabu sem derrotas e detém a maior pontuação na soma dos 9 anos de campeonatos municipais de futebol 7 society.
A Pitombeira é o exemplo literal do sentido de família que é usado no mundo da bola para exemplificar um elenco unido. Isso pelo fato que a maioria dos jogadores da Pitombeira é formada por ‘primos’. O entrosamento de uma base formada há mais de 5 anos é uma das qualidades de um grupo com ótimo condicionamento físico. Estas duas características juntas permitem um jogo de alta velocidade com ultrapassagem dos alas que sufocam os adversários.
Entre os destaques do elenco se destaca primeiramente o meio campista Farofinha uma vez que foi eleito o melhor jogador do CF7 2012 por conta da capacidade de marcação, articulação das jogadas, finalizações com gols e liderança do grupo. Além dele, o zagueiro Galego é conhecido pela vitalidade e poder de recuperação. Somam-se ainda os chutes fortes de Dandinha e Bebeto.
O time não tem pontos fracos e os reservas sempre entram bem sendo formado pelos goleiros Wendel e Nequinha, o treinador Zé Ivan e mais os atletas Belinho, Tiutiu, Bodinho, Ailton, Alexandre, Zé Gás, Chagas e Mário.
Na primeira fase do CF7 2013 a Pitombeira venceu o Trapiá por 4 X 1, empatou com o América do Silva num 2 X 2; derrotou o  Real por 2 X 0; e não deu nenhuma chance ao Morcego ao desclassifica-lo na última partida com um esmagador 3 a 0. Os resultados foram junto com uma crescente na qualidade das apresentações da Pitombeira. Mas talvez aí exiba uma fragilidade ou mais uma qualidade do time.
Parece que a Pitombeira entra com certa distração e “se liga” depois do 2º. tempo. Isso quer dizer que para vencê-la a equipe adversária deve atacar no início do jogo e segurar a reação. Entretanto, pode significar outra coisa, ou seja, que a Pitombeira cresce quando os outros times cansam, no caso, pode ser melhor algo diferente que é cadenciar no primeiro tempo para guardar energia e suportar os comedores de rapadura atômica que fica o tempo todo ouvindo o pai da turma, o agricultor Sr. Antonio Tomaz, dizendo que “arrochem”!.
REAL, o maior vencedor da cidade
Fabrício, zagueiro do Real

O time do Real foi criado há 19 anos e surgiu conquistando no mesmo ano o título de campeão municipal de 1994 tendo como trunfo a união dos principais jogadores campo-grandenses da época que haviam sido rejeitados pelo time da prefeitura que havia dispensado eles em detrimento de atletas de fora. A superação deu origem a uma das mais antigas e vencedoras equipes amadoras do médio oeste. A história fez do Real uma das equipes de CG com maior número de torcedores/as declarados/as e apaixonados/as. Dizer que existem muitos que torcem contra também é uma verdade. Aliás, assim são as grandes equipes.
Em 1998 o time voltou a ser campeão municipal e daí por diante implantou um reinado local, sobretudo no FUTSAL aonde conseguiu passar 5 anos sendo campeão invicto. No futebol 7 society o time emplacou 14 partidas invictas e foi campeão do CF7 2009 e vice campeão do CF7 2011. Ao longo do tempo, a estratégia de formação do elenco foi mudando para valorizar o modelo de trazer talentos de outros municípios. Hoje a base do Real é formada com marcante presença de jogadores de Triunfo Potiguar e o principal nome da equipe é Didi Potiguar, de Jucurutu.
O time começou o CF7 2013 de maneira arrasadora com uma vitória de 3 X 1 sobre o XV de Outubro, mas passou a ser contestado nos jogos seguintes quando venceu a frágil equipe do Raposa pelo placar de 2 X 1; e piorou com as derrotas por  2 a 1 e 2 a 0 diante de Santa Cruz e Pitombeira, respectivamente. O time entre na última vaga que dava direito a passar para as quartas de final.
Agora, na nova fase da competição a equipe contará principalmente com a força da camisa (e isso representa muito no futebol). A tradição de vencedor é o maior ponto a favor da equipe para voltar ao posto de respeito no futebol local. “Chega de perder”, declarou Flávio Bezerra, jogador e presidente do Real.
O craque do time dispensa apresentação. O jogador Didi Potiguar ainda é atleta profissional e foi um dos destaques do Campeonato Potiguar de 2012 atuando pelo time do Corinthians de Caicó. Didi tem passagens por grandes clubes do Brasil como Botafogo-RJ, Atlético Mineiro-MG, Goiás-GO e América-RN. O Real também tem Melzinho que é o maior artilheiro dos 9 anos de CF7 com 49 gols marcados. Outros nomes fortes são Breno (ex ABC), Jefinho (seleção de Tirunfo Potiguar), Hiago (seleção de Triunfo Potiguar), Rafael Mineral (super campeão de FUTSAL de CG) e Luiz (goleiro revelação do CF7 2012).

A força do elenco tem ainda o goleiro Hilton, o veterano Sandreano, o habilidoso Mateus, Fabrício, Flávio Bezerra e o auxiliar técnico Cimar. O ponto fraco do grupo parece ser a falta de união e o desligamento do grupo no decorrer dos jogos. Em alguns momentos o time fica apático e parece sem aquela garra característica dos vencedores. O craque Didi percebeu estes apagões e desabafou depois da última partida quando declarou que “estava cansado de carregar o time nas costas”. A bronca pública pode ligar o grupo ou desmotivar de vez.  O resultado será descoberto em breve.

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