Julio César admite pressão e revela: ‘Pensei em parar de jogar após 2010’

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 A dois dias do confronto contra o Uruguai pelas semifinais da Copa das Confederações, o goleiro Julio César admitiu que foi difícil dar a volta por cima após a eliminação da Copa do Mundo de 2010. De volta à seleção brasileira, o arqueiro fez uma revelação ao ser questionado sobre os momentos que viveu após a falha na derrota por 2 a 1 para a Holanda, no torneio disputado na África do Sul.
- Naquele momento, um ou dois dias depois do jogo contra a Holanda, eu pensei em parar de jogar. Mas foi uma coisa de cabeça quente. Pensava: “Por que fomos eliminados?”. Se for falar aqui sobre aquele momento, eu vou ficar aqui o dia inteiro. Muitos amigos e companheiros, que sabem da minha dedicação, foram importantes – contou o camisa 12 da seleção brasileira.
Julio César afirmou também que os retornos de Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira ao comando da Seleção foram importantes para o resgate da confiança. O goleiro voltou a ser chamado após a chegada de Felipão, que foi contratado após a demissão de Mano Menezes, em novembro de 2012.

'São três atacantes muito fortes', diz Julio César sobre o trio Cavani, Forlán e Suárez (Foto: Marcelo Baltar)

- A vinda dos dois foi importante para continuar com os projetos que eu tinha traçado na minha carreira. As coisas foram acontecendo para que eu retornasse à Seleção. Se fosse com outro treinador, talvez eu nem estivesse aqui. Costumo dizer para todos que presidente da República, técnico da Seleção e goleiro do Brasil sofrem uma pressão enorme – contou o goleiro.
Em relação ao confronto contra o Uruguai, Julio César elogiou o trio de ataque formado por Cavani, Forlán e Suárez. Os dois primeiros são velhos conhecidos do arqueiro do futebol italiano.

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 - São três atacantes muito fortes. Individualmente, eles podem decidir uma partida. Conheço bem todos e teremos que ter cuidado. É um ataque forte. O Suárez foi eleito um dos melhores da última Premier League. O Cavani é pretendido pelos principais clubes da Europa. Precisamos ter atenção porque uma piscada de olhos pode definir a partida a favor deles.

O goleiro relembrou ainda alguns confrontos do passado. Nas edições de 2004 e 2007 da Copa América, por exemplo, o Brasil eliminou o Uruguai nas penalidades.
- Tratando-se de Brasil e Uruguai, é um clássico. Alguns dizem que é pior do que Brasil e Argentina. Por terem conquistado a Copa América (em 2011), eles estão confiantes. Pelo fato de o Brasil ter levado a melhor nos últimos jogos, eles querem mudar essa situação. Vão enfrentar uma Seleção que se encontrou em campo, que está mostrando um futebol maravilhoso. Espero que dê Brasil novamente, mas não tem favorito – analisou o arqueiro.
Respeito ao futebol da Espanha

Além de falar do duelo entre Brasil e Uruguai, Julio César preferiu não apontar favoritos no confronto entre Itália e Espanha, no Castelão, em Fortaleza.

- A Espanha tem jogado um futebol lindo, mas futebol são 11 contra 11. Vão encontrar a Itália, que precisa ser respeitada. São quatro títulos mundiais. Não posso apontar a Espanha como finalista. Está bem entrosada e jogando um futebol brilhante, mas tem ainda o desafio, que é a Itália.
No fim, Julio César aproveitou para falar do futuro. Prestes a sair do Queens Park Rangers, o goleiro afirmou que está focado na Copa das Confederações e que só pensará em transferência após o término do torneio.
- Tendo uma boa participação na Copa das Confederações, ganhando o título, as coisas poderiam melhorar em aspectos futuros. Mais clubes podem aparecer. Mas estou focando no torneio. Soube do interesse do Roma e não descarto um retorno à Itália – afirmou o goleiro.
O confronto entre Brasil e Uruguai, na quarta-feira, às 16h (de Brasília), será transmitido ao vivo pela TV Globo, pelo Sportv e GLOBOESPORTE.COM. O site também acompanha o jogo em Tempo Real.

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