Ailton fez o gol mais bonito do CF7 2012 |
O último jogo das quartas de
final do CF7 2013 será Pitombeira X Real. Escolhemos este duelo para iniciar
uma série diária de análises das partidas desta fase da competição aonde quem
vencer segue e quem perde se despede do sonho de ser o melhor de Campo Grande. A
partida é especial porque reúne o time mais vencedor da zona rural e aquele que
é o maior vitorioso do núcleo urbano.
PITOMBEIRA, o melhor de todos
A Pitombeira nos últimos 10 anos conquistou
a condição de favorita em todos os quesitos no confronto com qualquer equipe do
CF7, inclusive o Real. Essa situação é fácil de ser percebida ao considerar que
a Pitombeira foi campeã do CF7 2012, terminou em primeiro lugar na 1ª. fase do
CF7 2013, tem 4 anos de tabu sem derrotas e detém a maior pontuação na soma dos
9 anos de campeonatos municipais de futebol 7 society.
A Pitombeira é o exemplo literal
do sentido de família que é usado no mundo da bola para exemplificar um elenco
unido. Isso pelo fato que a maioria dos jogadores da Pitombeira é formada por ‘primos’.
O entrosamento de uma base formada há mais de 5 anos é uma das qualidades de um
grupo com ótimo condicionamento físico. Estas duas características juntas
permitem um jogo de alta velocidade com ultrapassagem dos alas que sufocam os
adversários.
Entre os destaques do elenco se
destaca primeiramente o meio campista Farofinha uma vez que foi eleito o melhor
jogador do CF7 2012 por conta da capacidade de marcação, articulação das
jogadas, finalizações com gols e liderança do grupo. Além dele, o zagueiro
Galego é conhecido pela vitalidade e poder de recuperação. Somam-se ainda os
chutes fortes de Dandinha e Bebeto.
O time não tem pontos fracos e os
reservas sempre entram bem sendo formado pelos goleiros Wendel e Nequinha, o
treinador Zé Ivan e mais os atletas Belinho, Tiutiu, Bodinho, Ailton,
Alexandre, Zé Gás, Chagas e Mário.
Na primeira fase do CF7 2013 a Pitombeira venceu o
Trapiá por 4 X 1, empatou com o América do Silva num 2 X 2; derrotou o Real por 2 X 0; e não deu nenhuma chance ao
Morcego ao desclassifica-lo na última partida com um esmagador 3 a 0. Os resultados foram
junto com uma crescente na qualidade das apresentações da Pitombeira. Mas
talvez aí exiba uma fragilidade ou mais uma qualidade do time.
Parece que a Pitombeira entra com
certa distração e “se liga” depois do 2º. tempo. Isso quer dizer que para
vencê-la a equipe adversária deve atacar no início do jogo e segurar a reação.
Entretanto, pode significar outra coisa, ou seja, que a Pitombeira cresce
quando os outros times cansam, no caso, pode ser melhor algo diferente que é
cadenciar no primeiro tempo para guardar energia e suportar os comedores de
rapadura atômica que fica o tempo todo ouvindo o pai da turma, o agricultor Sr.
Antonio Tomaz, dizendo que “arrochem”!.
REAL, o maior vencedor da cidade
Fabrício, zagueiro do Real |
O time do Real foi criado há 19
anos e surgiu conquistando no mesmo ano o título de campeão municipal de 1994
tendo como trunfo a união dos principais jogadores campo-grandenses da época
que haviam sido rejeitados pelo time da prefeitura que havia dispensado eles em
detrimento de atletas de fora. A superação deu origem a uma das mais antigas e
vencedoras equipes amadoras do médio oeste. A história fez do Real uma das
equipes de CG com maior número de torcedores/as declarados/as e apaixonados/as.
Dizer que existem muitos que torcem contra também é uma verdade. Aliás, assim
são as grandes equipes.
Em 1998 o time voltou a ser
campeão municipal e daí por diante implantou um reinado local, sobretudo no
FUTSAL aonde conseguiu passar 5 anos sendo campeão invicto. No futebol 7
society o time emplacou 14 partidas invictas e foi campeão do CF7 2009 e vice
campeão do CF7 2011. Ao longo do tempo, a estratégia de formação do elenco foi
mudando para valorizar o modelo de trazer talentos de outros municípios. Hoje a
base do Real é formada com marcante presença de jogadores de Triunfo Potiguar e
o principal nome da equipe é Didi Potiguar, de Jucurutu.
O time começou o CF7 2013 de
maneira arrasadora com uma vitória de 3 X 1 sobre o XV de Outubro, mas passou a
ser contestado nos jogos seguintes quando venceu a frágil equipe do Raposa pelo
placar de 2 X 1; e piorou com as derrotas por 2
a 1 e 2 a
0 diante de Santa Cruz e Pitombeira, respectivamente. O time entre na
última vaga que dava direito a passar para as quartas de final.
Agora, na nova fase da
competição a equipe contará principalmente com a força da camisa (e isso representa
muito no futebol). A tradição de vencedor é o maior ponto a favor da equipe
para voltar ao posto de respeito no futebol local. “Chega de perder”, declarou
Flávio Bezerra, jogador e presidente do Real.
O craque do time dispensa apresentação.
O jogador Didi Potiguar ainda é atleta profissional e foi um dos destaques do
Campeonato Potiguar de 2012 atuando pelo time do Corinthians de Caicó. Didi tem
passagens por grandes clubes do Brasil como Botafogo-RJ, Atlético Mineiro-MG,
Goiás-GO e América-RN. O Real também tem Melzinho que é o maior artilheiro dos
9 anos de CF7 com 49 gols marcados. Outros nomes fortes são Breno (ex ABC),
Jefinho (seleção de Tirunfo Potiguar), Hiago (seleção de Triunfo Potiguar),
Rafael Mineral (super campeão de FUTSAL de CG) e Luiz (goleiro revelação do CF7
2012).
A força do elenco tem ainda o
goleiro Hilton, o veterano Sandreano, o habilidoso Mateus, Fabrício, Flávio
Bezerra e o auxiliar técnico Cimar. O ponto fraco do grupo parece ser a falta
de união e o desligamento do grupo no decorrer dos jogos. Em alguns momentos o
time fica apático e parece sem aquela garra característica dos vencedores. O
craque Didi percebeu estes apagões e desabafou depois da última partida quando
declarou que “estava cansado de carregar o time nas costas”. A bronca pública
pode ligar o grupo ou desmotivar de vez. O resultado será descoberto em breve.
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